segunda-feira, abril 10, 2006

Le Rêve Mexican


Um dia sem perceber muito bem aterrei na Cidade do México. Nunca imaginei um local tão extraordinário. Uma cratera imensa rodeada por algumas montanhas de neve eterna."Under the vulcano"que nunca li nem vi. Nunca vi também tantos guardas armados na minha vida. Mas era normal. No México anda-se de guarda-costas e há gajos armados por todo o lado!
Sabia do dia dos mortos, do mescal e do D. Juan. O Castanheda tinha pertencido à minha "Beat generation"!Seriam os cogumelos mesmo mágicos?
Já tinha ouvido também falar do Octavio Paz e de "o labirinto da solidão"(que ainda possuo uma versão velhinha da Gallimard...) através do Hermínio. Amigo e editor do único portugues que escrevia crónicas do México sem nunca lá ter posto os pés.... o poeta que ando há anos para conhecer, o José Agostinho Baptista.
Andei lá uns cinco dias e jurei voltar de novo um dia à minha maneira!
Do México até Paris vim a sonhar com o Zapata e o Sancho Villa. Comprei a biografia do Moctezuma e "le Méxique insurgé", aquele John Reed também não falhava uma... Só faltava o Hugo Pratt...por alguma razão o Corto Maltese, aliás como eu também, tinha as suas raizes mais localizadas na Bahia e em Buenos Aires.
Depois mais tarde em Lisboa, descobri diversas Tequillas e todas as Margaritas da época...o Trotsky, a Frida e os muralistas claro... o Orozco, o Rivera e o Siqueiros.
No ano passado voltei a reencontrar o México. Conheci os livros do Juan Rulfo e depois dois doidos que de maneiras diferentes se tinham apaixonado ambos pelo México! Um deles pegou no avião e lá foi por algumas semanas que pelo que sei, ainda andam a ser digeridas.
Deuses que vinham do Mar... e que hoje chegam do Céu.
Um dia destes, dê por onde dê, tenho que lá voltar!

3 Comments:

Blogger poca said...

só eu nunca fui a lado nenhum!
méxico, cuba e brasil... são destinos que ainda vou visitar!!

abril 11, 2006 1:09 da manhã  
Blogger Fokas said...

A viagem é na sua definição:por-se a caminho. Mas são tb peregrinações interiores. Quando regressei no ano passado ao México, não sai do sofá, foi tudo apenas através da leitura do Juan Rulfo...
Mas porque não dar um salto até Córdova ou começar a ler antes de partir para Granada as "As mil e uma noites"?

abril 11, 2006 1:32 da tarde  
Blogger Oberon said...

.......and our weapons shall be Truth and Love.

abril 11, 2006 5:39 da tarde  

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