Vai já...antes que seja noite
Vivo na rua com o nome do doutor Sousa Martins, médico, cientista e investigador!
José Tomás de Sousa Martins nasceu em Alhandra, a 7 de Março de 1843, filho de um carpinteiro. Foi o mais novo de quatro irmãos. Após a morte do pai, passa, ainda em criança, a viver com um tio, dono da Farmácia Ultramarina que ainda hoje existe na Rua de S. Paulo, em Lisboa, quase em frente ao Elevador da Bica. Tirou primeiro o curso de farmacêutico, e só depois o de médico e, em poucos anos, tornou-se um dos vultos marcantes da sua época.
Um dos cientistas mais prestigiados do país, desfrutava de projecção internacional pelo estudo da tuberculose e das doenças nervosas. Integra a Geração de 70 e afirma-se «um progressista e um maçon».
Em 1881, o Doutor Sousa Martins ao fazer uma expedição à Serra da Estrela considerou a elevada montanha um local óptimo para o tratamento da tuberculose. Em sua honra e pelo seu empenho à causa da tuberculose, veio a ser dado ao Sanatório agora aí existente o nome de Sousa Martins.
Solteiro e “bom rapaz”, filho exemplar, dedica-se à medicina, física, química, botânica, zoologia, cirurgia, literatura, poesia, filosofia, história e oratória. A luta contra a tuberculose fazia-o expor-se à doença, nos contactos diários e directos com os doentes terminais. Detinha-se junto deles, a amenizar-lhes o medo. Muitos morreram de mãos entre as suas, alguns viram-lhe “auras” estranhas sobre os cabelos.
Aos seus alunos dizia: «quando entrardes de noite num hospital e ouvirdes algum doente gemer, aproximai-vos do seu leito, vede o que precisa o pobre enfermo e, se não tiverdes mais nada para lhe dar, dai-lhe um sorriso».
A tuberculose foi quem lhe arrancou a vida. Na madrugada de 17 para 18 de Agosto de 1897, tinha Sousa Martins 54 anos, sem vontade de assistir à sua derrota, suicidou-se. Antes de morrer escrevera: «a tuberculose, antes de arrancar a vida ao homem, faz dela um longo martírio, e do mártir um inválido». Confidenciara ainda a um amigo que «um médico ameaçado de morte por duas doenças, ambas fatais (tuberculose e lesões cardíacas), deve eliminar-se por si mesmo». Hoje, a sua fama perdura (sobretudo a nível popular), devido ao seu saber, inteligência, caridade e dedicação com os doentes pobres. Sabendo dosear tanto os produtos naturais como os químicos, efectua curas espectaculares merecedoras de muitos louvores. Faleceu em 18/8/1897. Repousam hoje os seus restos mortais num mausoléu de família no cemitério de Alhandra.
"Dizem que por amor se matou novo....ali no lugar de Porto Covo!
José Tomás de Sousa Martins nasceu em Alhandra, a 7 de Março de 1843, filho de um carpinteiro. Foi o mais novo de quatro irmãos. Após a morte do pai, passa, ainda em criança, a viver com um tio, dono da Farmácia Ultramarina que ainda hoje existe na Rua de S. Paulo, em Lisboa, quase em frente ao Elevador da Bica. Tirou primeiro o curso de farmacêutico, e só depois o de médico e, em poucos anos, tornou-se um dos vultos marcantes da sua época.
Um dos cientistas mais prestigiados do país, desfrutava de projecção internacional pelo estudo da tuberculose e das doenças nervosas. Integra a Geração de 70 e afirma-se «um progressista e um maçon».
Em 1881, o Doutor Sousa Martins ao fazer uma expedição à Serra da Estrela considerou a elevada montanha um local óptimo para o tratamento da tuberculose. Em sua honra e pelo seu empenho à causa da tuberculose, veio a ser dado ao Sanatório agora aí existente o nome de Sousa Martins.
Solteiro e “bom rapaz”, filho exemplar, dedica-se à medicina, física, química, botânica, zoologia, cirurgia, literatura, poesia, filosofia, história e oratória. A luta contra a tuberculose fazia-o expor-se à doença, nos contactos diários e directos com os doentes terminais. Detinha-se junto deles, a amenizar-lhes o medo. Muitos morreram de mãos entre as suas, alguns viram-lhe “auras” estranhas sobre os cabelos.
Aos seus alunos dizia: «quando entrardes de noite num hospital e ouvirdes algum doente gemer, aproximai-vos do seu leito, vede o que precisa o pobre enfermo e, se não tiverdes mais nada para lhe dar, dai-lhe um sorriso».
A tuberculose foi quem lhe arrancou a vida. Na madrugada de 17 para 18 de Agosto de 1897, tinha Sousa Martins 54 anos, sem vontade de assistir à sua derrota, suicidou-se. Antes de morrer escrevera: «a tuberculose, antes de arrancar a vida ao homem, faz dela um longo martírio, e do mártir um inválido». Confidenciara ainda a um amigo que «um médico ameaçado de morte por duas doenças, ambas fatais (tuberculose e lesões cardíacas), deve eliminar-se por si mesmo». Hoje, a sua fama perdura (sobretudo a nível popular), devido ao seu saber, inteligência, caridade e dedicação com os doentes pobres. Sabendo dosear tanto os produtos naturais como os químicos, efectua curas espectaculares merecedoras de muitos louvores. Faleceu em 18/8/1897. Repousam hoje os seus restos mortais num mausoléu de família no cemitério de Alhandra.
"Dizem que por amor se matou novo....ali no lugar de Porto Covo!
1 Comments:
Interessantissimo. Não conhcia nada da vida de Sousa Martins e achei de facto, muito interessante.
Obrigada por partilhares teu conhecimento.
Bjs
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