domingo, julho 23, 2006

Dia de bai










Estava na segunda coluna da prateleira da Gago Coutinho. E aí ficou sempre na horizontal. Não sei onde para. Ontem foi a vez de me calhar na sina uma morte. Mas de tanto morrer, quase todos os dias , como dizia a Elisa Lucinda... vamos todos ficando especialistas em ressureições!
E fico sempre mais perturbado com os vivos do que com os mortos...são os vivos que me assustam quando sofrem... Os mortos dormem o seu sono eterno e com sorte mais ninguém os irá incomodar.
O resto é uma questão de crença.
Dificilmente o Hans Thiele de Hamburgo encontrará a minha avó em Valado de Frades no dia do juízo final. A confusão vai ser enorme! Mas isso é com eles e com o grande arquitecto do universo.

Também não tenho nenhuma fezada na reincarnação. Aliás detestaria reencarnar outra vez transvertido em vaca ou porco mesmo que fosse na quinta da lezíria. E sou particularmente antipático para os novos adeptos da charlatanice "new-age" que conseguem encontram Deus no azul . Nada contra a cor que aliás me é profundamente simpática, e que pelos vistos não sou o único. Mas como não sou católico nem mesmo cristão, acho mesmo que o silêncio de Deus é absurdo nos dias que correm. E bem gostaria de acreditar nele qualquer que fosse o seu nome...

Acordámos hoje todos mais pobres...sobre isso não tenho dúvidas! Porque os vivos não se substituem nem por velas nem por fotografias, mesmo bem emolduradas, da loja do chinês.
Salut a tous les vivants!