quarta-feira, novembro 07, 2007

Esperando veleiros perdidos...

Nas viagens que tenho feito e que foram muitas durante este tempo em que andei por fora, encontrei um dia no Jornal deLetras uma outra ilha que me tem tirado algumas horas de sono, especialmente porque grande parte dos seus habitantes são gente da noite...avatares que dançam e falam e que partilham de uma forma original o fim de um dia de trabalho na vida real.

Estou a falar da Second Life, um mundo virtual em 3D que tem um local especialmente acolhedor em Portucalis, uma ilha imaginária que um grupo de amigos criou já há uns tempos atrás. Ali entrando, por uma passagem estreita quase secreta ( mas conhecida por todos os seus habitantes) entre as muralhas do Castelo de Almourol (parabéns à Câmara de Vila Nova da Barquinha pela coragem de ter aderido a um projecto multimédia no cyberespaço) e o Bar O Caneco, reunem-se todas as noites gentes de Norte a Sul numa Tasca portuguesa, onde só falta o cheiro da sardinha assada...

A conversa gira normalmente à volta de "fait divers" sendo a maior parte do tempo dedicada a ensinar os novos vistantes a utilizarem as ferramentas disponíveis deste Novo Mundo acessível à distancia de um clique e de uma conta de Internet. É engraçado encontrar os sotaques mais variados e as idades mais díspares, sentadas ou em pé, neste café Virtual que funciona como uma verdadeira porta de entrada para esta pequena comunidade que fala ( ou tecla) em português, com uma mestria e um desembaraço impressionantes.

Estou a falar da capacidade de criação de novos modelos, gestos, objectos e sons que são manipulados quase diáriamente por gente real. Não era a Poulana mas era a Marga. Não era o Ismo mas era o TP que falavam, não era a Summer mas era a Winter que andavam pelo ar. Não faz mal, o que foi importante nessa noite é que ficaram amigos para sempre...

Neste mundo líquido da modernidade, a Second Life é talvez dos espaços mais fascinantes para gente como eu que sempre se deliciou com a Banda Dessenhada e não perdia uma nova aventura do Fantasma ou do Mandrake esperando veleiros perdidos.
Aqui ... e voltando sempre ao António Maria Lisboa e aos seus companheiros de viagem da aventura surrealista que já conheciam a existência do metaverso, "tudo é possível até a nossa própria vida".

3 Comments:

Blogger Alice said...

obrigado pelo teu comentário no meu blog

quando finalmente tiver mais tempo voltarei aqui para ler-te com toda a calma do mundo...

novembro 07, 2007 9:31 da tarde  
Blogger Summer Wardhani said...

Sabes... o melhor de tudo ainda, lá pelas bandas da Second Life, é descobrir outrs ilhas, feitas de carne e osso por trás das "embalagens" giras dos avatares :D

novembro 08, 2007 10:23 da manhã  
Blogger June said...

Exactaqual. E cada dia pode ser sempre um dia diferente.
:)))

novembro 13, 2007 11:33 da tarde  

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