segunda-feira, novembro 26, 2007

Um amor em cada porto

O Inverno trás sempre consigo alguma desordenação na ordem.
Como nas relações amorosas.

Já não sei quem dizia"Amar é ser só um"...mas a questão é qual?

A história da harmonia, da fusão primitiva e perdida, o mito que começa em Platão no Banquete e que ainda atravessa toda a literatura ocidental.

O que sempre me impressionou na paixão foi sempre a estranheza do outro.
As relações amorosas nunca são transparentes. Os amantes julgam que se entendem, que se compreendem por meias palavras. Imaginam e acreditam que vivem uma espécie de fusão abençoada...no entanto conheço muitos homens que não detestam ter uma mulher diferente à sua frente.

Podemos ser jovens e acreditar no amor platónico, aceitar que existe uma certa autonomia dos sentimentos, que assim teriam uma esfera própria... Mas também podemos hoje ser mais crescidinhos e poder amar uma mulher simplesmente porque desejamos intensamente o seu corpo.

E conversas amenas debaixo de uma macieira mesmo virtual, longe da actualidade e da rotina do dia a dia ajudam-nos a reflectir sobre as diferenças que existem entre os homens e as mulheres. Sem crises e sem dramas.
Ai se eu fosse um marinheiro...








1 Comments:

Blogger June said...

Palavras sábias amigo!
E tão boas que são aquelas conversitas debaixo da macieira!

Bjs.

dezembro 01, 2007 5:52 da tarde  

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